Brasil registra saldo positivo de empregos com carteira assinada em maio

O Brasil apresentou um saldo positivo de 155.270 empregos com carteira assinada no mês de maio, de acordo com os dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). Esse resultado é explicado pela diferença entre as dois milhões e 202 admissões e pouco mais de 1.844.932 desligamentos ocorridos no período.

No acumulado dos primeiros cinco meses do ano, foram criados 865 mil postos de trabalho, totalizando mais de 43 milhões de empregos formais em todo o país.

Apesar dos números positivos, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, destacou que o resultado ficou aquém das expectativas, que previam a criação de 180 mil empregos. Segundo o ministro, a política de juros altos praticada pelo Banco Central é um dos fatores responsáveis por esse desempenho abaixo do esperado.

Marinho ressaltou que o saldo positivo de 155 mil empregos para o mês de maio não deve ser menosprezado, mas lamentou não ter atingido números ainda melhores. Ele afirmou que a falta de crédito, diretamente relacionada às altas taxas de juros, é um obstáculo para a geração de mais empregos.

Analisando o recorte estadual, observa-se que o saldo positivo foi registrado em 23 dos 27 estados brasileiros. São Paulo se destacou, com a criação de 50 mil empregos, seguido por Minas Gerais, com 26 mil, e Espírito Santo, com 13 mil. Por outro lado, Alagoas apresentou um saldo negativo de 8 mil empregos, seguido pelo Rio Grande do Sul, com menos 2,5 mil.

Quanto ao recorte setorial, o setor de serviços foi o que mais cresceu, com um aumento de 54% no mês, resultando em um saldo de 83 mil vagas. A construção civil também apresentou um bom desempenho, com a abertura de 27 mil postos de trabalho. A agropecuária registrou a criação de 19 mil novas vagas, enquanto o comércio e a indústria geraram 15 mil empregos.

Ao analisar por gênero, os dados do Caged revelaram que, em maio, foram gerados 65 mil postos de trabalho para mulheres e quase 90 mil para homens. Apesar do saldo positivo e do crescimento do emprego em diversos setores e regiões do país, os números abaixo das expectativas.