Desemprego sobe a 8,6% no Brasil, diz IBGE

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A taxa de desemprego no Brasil subiu para 8,6% no trimestre móvel terminado em fevereiro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação ao trimestre imediatamente anterior, entre setembro e novembro, o período traz aumento de 0,5 ponto percentual (8,1%) na taxa de desocupação. Ainda assim, esse é o menor resultado para o trimestre dezembro-janeiro-fevereiro desde 2015 (7,5%). No mesmo trimestre de 2022, a taxa era de 11,2%.

Com isso, o número absoluto de desocupados teve alta de 5,5%, chegando a 9,2 milhões de pessoas. São 483 mil pessoas a mais entre o contingente de desocupados, comparado ao trimestre anterior. Em relação a 2022, o recuo é de 23,2%, ou 2,8 milhões de trabalhadores.

Já o total de pessoas ocupadas teve um recuo de 1,6% contra o trimestre anterior, passando para 98,1 milhões de brasileiros. Deixaram o grupo cerca de 1,6 milhão. Na comparação anual, houve crescimento de 3%.

Veja os destaques da pesquisa

  • Taxa de desocupação: 8,6%
  • População desocupada: 9,2 milhões de pessoas
  • População ocupada: 98,1 milhões
  • População fora da força de trabalho: 66,8 milhões
  • População desalentada: 4 milhões
  • Empregados com carteira assinada: 36,8 milhões
  • Empregados sem carteira assinada: 13 milhões
  • Trabalhadores por conta própria: 25,2 milhões
  • Trabalhadores domésticos: 5,8 milhões
  • Trabalhadores informais: 38,2 milhões
  • Taxa de informalidade: 38,9%

Retração para os sem carteira assinada

No trimestre encerrado em fevereiro, a força de trabalho brasileira — ou seja, pessoas ocupadas e desocupadas — chegou a 107,3 milhões de pessoas, uma redução de 1% ou 1,08 milhão de pessoas frente ao trimestre anterior. Já a população fora da força teve crescimento de 2,3% e chegou a 66,8 milhões.

Segundo o IBGE, o mercado de trabalho parece estar voltando à normalidade, depois do impulso de recuperação após a desorganização durante a pandemia.

A analista diz ainda que os primeiros meses do ano são marcados pelas dispensas de trabalhadores temporários, que costumam ser contratados no fim do ano, e por uma maior pressão do mercado de trabalho após o período de festas.

O empregado sem carteira assinada no setor público (-14,6% ou menos 457 mil), o sem carteira assinada no setor privado (-2,6% ou menos 349 mil pessoas) e o trabalhador por conta própria com CNPJ (-4,8% ou menos 330 mil) sofreram as maiores baixas. A taxa de informalidade da população ocupada, contudo, permaneceu estável (38,9%).