Empresários enxergam o Ensino Profissionalizante como ponto forte da educação pública brasileira
Um levantamento realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e pelo Serviço Social da Indústria (Sesi) apontou que um a cada três empresários considera o ensino profissionalizante como o ponto mais forte da educação pública brasileira. A pesquisa buscou avaliar a percepção do setor empresarial em relação à qualidade da educação no país, além de abordar as prioridades para a educação e as perspectivas para os jovens em diferentes áreas profissionais.
Os resultados do estudo revelam que, na opinião dos empresários entrevistados, o ensino profissionalizante é a modalidade que recebe a melhor avaliação, com 33% das respostas, superando outras opções como o ensino superior (23%), ensino fundamental (12%), especialização/pós-graduação (10%), ensino médio (10%), alfabetização (6%) e creches (6%).
A educação profissional foi apontada por 55% dos entrevistados como “ótima” ou “boa”, e 35% a classificaram como “regular”. Em contrapartida, apenas 14% a consideraram “boa” para o ensino médio, enquanto 39% avaliaram como “ruim” ou “péssimo”.
A pesquisa também investigou as atividades mais promissoras para os jovens nos próximos anos no Brasil. Entre as principais recomendações dos empresários para a formação técnica dos jovens estão:
- Tecnologia da Informação (30%), Mecânica (10%), Eletricista (9%);
- Administração (8%), Automação Industrial (5%) e Mecatrônica (4%).
- Em uma pergunta espontânea, 68% dos entrevistados citaram a área de Tecnologia da Informação (TI) como a atividade mais promissora para os próximos 10 anos.
Os pontos positivos do ensino técnico/profissionalizante, segundo a percepção dos empresários, incluem:
- preparação mais adequada para o mercado de trabalho (45%);
- cursos mais focados (28%), abordagem mais prática (22%);
- boa aceitação no mercado de trabalho (18%);
- aquisição de mais conhecimento/habilidades (17%) e início na carreira profissional (16%).
Além disso, outros benefícios como menor duração dos cursos, mensalidades mais acessíveis, possibilidade de ingresso no mercado de trabalho sem a necessidade de ensino superior e boa remuneração também foram mencionados.
O levantamento foi realizado pelo Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI) com 1.001 executivos de indústrias de pequeno, médio e grande porte em todo o país. A amostra foi composta por 500 empresas pequenas e 500 empresas médias e grandes. Os dados foram coletados entre os dias 31 de março e 10 de abril de 2023.